15 curiosidades sobre ‘O Pequeno Príncipe’ e seu autor

“Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”.

Clássico da literatura universal, O PEQUENO PRÍNCIPE, de ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY comemora neste mês 80 anos! Lançado em 1943, é a história de um piloto de avião que, após cair com a aeronave no meio do deserto do Saara, faz amizade com um simpático principezinho que veio de um asteroide distante. Assim, embarca em uma jornada curiosa e cheia de reflexões, com frases marcantes que ecoam por todo o mundo. O livro, que já foi resenhado aqui, também conta do ilustrações feitas pelo autor.

Estima-se que a obra tenha vendido mais de 200 milhões de exemplares vendidos e sido traduzida para mais de 340 dialetos e idiomas, sendo uma das obras mais relevantes do século XX.

Para comemorar essa data, bora conhecer 15 curiosidades sobre “O Pequeno Príncipe” e Antoine de Saint-Exupéry?

1 – O livro “O Pequeno Príncipe” foi inspirado na queda que o autor sofreu com o avião que pilotava em 1936. Saint-Exúpery caiu no deserto do Saara e ficou por lá durante quatro dias, sofrendo com fome, desidratação e alucinações, até ser resgatado por um beduíno.

2 – Apesar de parecer um livro infantil, “O Pequeno Príncipe foi escrito para adultos, sendo considerado uma obra profundamente filosófica, com parábolas existencialistas, além de críticas à sociedade do período entreguerras.

3 – O Pequeno Príncipe foi escrito nos Estados Unidos, quando o autor estava exilado naquele país, sendo lançado somente por lá em 1943 nas versões em inglês e francês. A obra só foi lançada na Franca postumamente, após a Segunda Guerra, por conta das visões políticas do autor.

4 – A rosa que o Pequeno Príncipe sempre fala no livro foi inspirada na esposa, Consuelo Saint Exupéry (1901-1979), que também era escritora, além de artista. Quando ele foi dado como morto, em 1944, ela começou a escrever um livro de memórias. O livro (polêêêmico) foi lançado postumamente em 2000, com o título “Memórias da Rosa”.

5 – O piloto, um dos protagonistas do livro, nunca é mostrado nas ilustrações, apesar de também ter sido desenhado. Uma exposição de 2014 em Nova York exibiu desenhos inéditos de Saint-Exupéry, inclusive uma em que retratava o aviador dormindo ao lado do avião. Segundo a curadora Christine Nelson, o autor provavelmente excluiu o desenho porque não o achava essencial para a história.

6 – Saint-Exupéry terminou a obra correndo para mandar ao seu editor, pois precisava se alistar nas forças armadas francesas como piloto. Como dizia Rui Barbosa, “a pressa é inimiga da perfeição”, e o original foi com 140 páginas amassadas, sujas de café e até mesmo com marcas de cigarros.

7 – Antoine de Saint-Exupéry era um conde, mas trabalhava como aviador. Seus pais eram condes e, por conta disso, o autor recebeu o título de visconde. Contudo, atuava como aviador de correios e cargas, profissão que o levou a lutar na Guerra Civil Espanhola e na Segunda Guerra Mundial.

8 – Paralelamente à carreira de aviador, Saint-Exupéry publicou outros livros, como Correio do Sul (1929), Terra dos Homens (1939) e Piloto de guerra (1942), que tiveram boa aceitação. Apesar do reconhecimento que recebeu na escrita, ele se considerava, em primeiro lugar, um piloto de carreira e, em seguida, um escritor amador.

9 – A morte de Saint-Exupéry é um mistério até hoje. Após voltar para a força aérea francesa, enquanto trabalhava num missão de reconhecimento em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, seu avião desapareceu e ele nunca mais foi visto. Não se sabe se a aeronave foi abatida pelo inimigo ou se caiu. Em 2000, o mergulhador Luc Vanrell encontrou restos do avião, na região de Marselha, no fundo do Mar Mediterrâneo, seguindo indicações de um pescador local que, em 1998, achou uma pulseira que seria do autor de “O Pequeno Príncipe”.

10 – Antoine de Saint-Exupéry já esteve no Brasil. Em 1927, o autor-piloto costumava passar em Florianópolis (SC), que tinha um campo de pouso administrado por franceses, onde os aviões de carga que iam da Europa a Buenos Aires costumavam parar para abastecer. Quando estava na região, gostava de pescar e frequentava os bailes do Lira Tênis Clube, onde ganhou o apelido de “Zé Perri”.

11 – Nos anos 1970, “O Pequeno Príncipe” chegou a ser apelidado pela imprensa brasileira como “livro de miss”. Isso se deve ao fato de que, nos concursos de misses, a obra era frequentemente citada como livro de cabeceira das participantes. O Miss Paraíba 2013 chegou a celebrar os 70 anos do personagem.

12 – A primeira lua asteroide descoberta com a ajuda de um telescópio terrestre foi batizado de Petit-Prince (O pequeno príncipe, em francês). Avistada pela primeira vez em 1993, a lua tem 13 quilômetros de diâmetro, e gravita em torno do asteroide 45-Eugênia, de 214 quilômetros de diâmetro.

13 – O Livro ganhou várias adaptações na televisão e cinema. Em 1978, Takeyuki Kanda dirigiu para a televisão japonesa uma série animada de 39 episódios e que, no Brasil, foi exibida pelo SBT nos anos 1990. Em 1979, o português Will Vinton produziu um curta-metragem para a TV com o mesmo tema. Em 1990, o canal francês Antenne Deux produziu um especial sobre o livro, que contou com a leitura da obra em pleno deserto do Saara, feita por Richard Bohringer.

14 – A primeira tradução brasileira, de 1952, foi feita pelo monge beneditino D. Marcos Barbosa (1915-1997) que era membro da Academia Brasileira de Letras.

15 – Um dos livros mais traduzidos da História, ganhou até uma edição na língua fictícia klingon, da série de TV Jornada nas Estrelas (Star Trek).

E aí, gostou de saber mais curiosidades sobre “O Pequeno Príncipe”? Me conta!

Fontes: DW, O Guia dos Curiosos, Jandaia, Terra, Dentro da História e Folha de S. Paulo

Foto: divulgação

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